Da venda de milhões de exemplares às licenças e filmes, obras de ficção alimentam negócios milionários
O Senhor dos Anéis
Um mundo fantástico, com criaturas e língua próprias ganharam as
páginas da série “O Senhor dos Anéis”, escrita por J. R. R. Tolkien e
publicada entre 1954 e 55. Ao contrário dos livros retratados até aqui, a
obra de Tolkien demorou anos e anos para ser levada aos cinemas. Depois
disso, no entanto, suas vendas foram turbinadas. Estima-se que 150
milhões de cópias do livro já tenham sido compradas, divididas nos
volumes “A sociedade do anel”, “As duas torres” e “O retorno do rei”.
Também ao contrário de seus antecessores na lista, “O Senhor dos
Anéis” nasceu de um pedido da editora. Depois do sucesso do livro “O
Hobbit”, publicado em 1937, a George Allen & Unwin solicitou à
Tolkien que escrevesse uma continuação. Além de quatro adaptações para o
rádio, a obra foi levada ao cinema em dois momentos. O primeiro foi em
1978 – e não teve lá grandes repercussões. A mais conhecida versão foi
dirigida por Peter Jackson e dividida em três filmes, lançados entre
2001 e 2003. O último deles ganhou 11 estatuetas do Oscar. Juntos, os
títulos arrecadaram 2,9 bilhões de dólares.
Cinquenta tons de cinza
No mundo todo, já foram mais de 40 milhões de exemplares vendidos. Só no Brasil, foram 300.000. Onipresente nas livrarias, o livro “Cinquenta tons de cinza”, da britânica Erika Mitchell (ou simplesmente EL James), vem quebrando recorde atrás de recorde. Em junho, o título tirou de Harry Potter o posto de livro impresso mais rapidamente comercializado no mundo – seu lançamento aconteceu há pouco mais de um ano, em junho de 2011.
O sucesso vitaminou o faturamento da Bertelsmann, holding alemã que
controla a Random House, editora do bestseller. Em boa parte calcado no
fenômeno, o lucro do grupo subiu 31% em relação ao mesmo período do ano
passado, chegando a 353 milhões de libras. Descrito por muitos como um
“pornô para mães”, “Cinquenta tons de cinza” conta a relação de uma
jovem com um enigmático multibilionário, romance apimentado com doses de
sadomasoquismo. “Cinquenta tons mais escuros” e “Cinquenta tons de
liberdade” completam a trilogia. Em março, a Universal e a Focus
Features desembolsaram 5 milhões de dólares pelos direitos de filmá-lo.
Millenium
Aos 15 anos, Stieg Larsson testemunhou o estupro de uma jovem por uma gangue. Atormentado pela lembrança, ele resolveu abordar o tema da violência sexual em seus thrillers. Desta proposta, surgiram os livros “Os homens que não amavam as mulheres”, “A menina que brincava com o fogo” e “A rainha do castelo de ar”. Publicados entre 2005 e 2007, eles venderam 65 milhões de cópias até o fim do ano passado. Mas o escritor sueco não viveu para presenciar esse boom: Larsson morreu em 2004 de um ataque cardíaco.
Nas telonas, a chamada trilogia “Millenium” ganhou uma versão em
2009, pelas mãos da Yellow Bird. Em Hollywood, a empresa se associou à
Metro-Goldwyn-Mayer e à Columbia Pictures para o lançamento de uma
releitura americana. Estrelado pelo ator Daniel Craig e dirigido por
David Fincher, o mesmo de “A rede social”, o filme teve um orçamento de
100 milhões de dólares. A editora sueca Norstedts Förlag é quem detém os
direitos de publicação da obra.
Harry Potter
Livros, filmes, produtos licenciados e até um parque de diversões em Orlando, nos Estados Unidos. Quem olha para o sucesso comercial da série “Harry Potter” não imagina que o primeiro livro da trilogia foi recusado por nada menos que oito editoras. Mas a britânica Bloomsbury decidiu seguir em frente e publicar “Harry Potter e a pedra filosofal” em junho de 1997. O resto da história mostra que ela não teve motivos para se arrepender.
Traduzidos para mais de 60 línguas, os sete livros venderam mais de
400 milhões de cópias. A autora amealhou uma fortuna de aproximadamente 1
bilhão de dólares. E a Warner Bros., que comprou os direitos para o
cinema, viu a franquia lhe render nada menos que 7,7 bilhões de dólares
em bilheteria – recorde absoluto para uma única série.
Crepúsculo
Misturando o mundo dos vampiros com um romance adolescente, a americana Stephenie Meyer alçou os quatro livros da série “Crepúsculo” à fama global. Publicados entre 2005 e 2008 pela editora Little, Brown and Company, eles venderam mais de 120 milhões de cópias até agora. E a autora conseguiu um valor relativamente alto pelos textos, antes mesmo do sucesso retumbante nas livrarias: 750.000 dólares pela publicação dos três primeiros livros.
Misturando o mundo dos vampiros com um romance adolescente, a americana Stephenie Meyer alçou os quatro livros da série “Crepúsculo” à fama global. Publicados entre 2005 e 2008 pela editora Little, Brown and Company, eles venderam mais de 120 milhões de cópias até agora. E a autora conseguiu um valor relativamente alto pelos textos, antes mesmo do sucesso retumbante nas livrarias: 750.000 dólares pela publicação dos três primeiros livros.
Como não poderia deixar de ser, os direitos de “Crepúsculo”, “Lua
Nova”, “Eclipse” e “Amanhecer” também foram vendidos para uma produtora
de filmes, a Summit Entertainment. O último livro da série foi dividido
em duas partes – a adaptação final estreará este ano nos cinemas. Suas
antecessoras alcançaram juntas uma bilheteria de 2,5 bilhões de dólares.
Jogos Vorazes
Uma sociedade apocalíptica que força os jovens a matarem uns aos outros em um espetáculo transmitido pela televisão. Fechando a lista das trilogias que viraram grandes negócios, “Jogos Vorazes”, da americana Suzanne Collins, vendeu mais de 50 milhões de livros desde que chegou ao mercado, em 2008. A série, que leva o selo da editora Scholastic, conta com três volumes.
Em 2009, a Lions Gate Entertainment entrou em acordo com a Color
Force, que havia adquirido os direitos da obra, para a produção de uma
versão para o cinema. Ao custo de 88 milhões de dólares, “Jogos Vorazes”
vendeu quase oito vezes mais nas bilheterias. Na Amazon, a trilogia
alcançou o posto de e-book mais popular de todos os tempos.
Fonte: Exame
P.s: será que só eu tenho todos? hehe' :D